Gosto do teu sorriso e gosto do meu jeito de interpretar cada um deles. O sonolento, o carinhoso, o aflito e o faminto (o meu preferido). Gosto quando você me olha e eu entendo seu olhar. Quando você diz sem palavras, quando você age sem braços, sem mãos, quando me toca com sua vontade, só pelo olhar. Quando me faz sentir a mulher mais gostosa de todas, a mais desejada de todas, a mais bem devorada de todas. Isso sem ainda você ter me tocado, é um alquimia, uma magia, algo que nos envolve, que estava escrito. Gosto da tua personalidade, de ser forte o suficiente pra pedir colo, pra procurar aconchego nas minhas mãos pequenas que nasceram pra te acarinhar. Gosto dessa sua doçura, dessa sua sensibilidade, desse seu jeito sério mais brincalhão do mundo. Gosto de você como nunca imaginei que fosse possível gostar de alguém...
E nossa história é meio do avesso. Teve um meio, depois um começo e não se conhece do fim. A gente já se perdeu em brigas sem nexo e que você não use isso como álibi, mas adoro quando perde a paciência comigo, quando fica nervoso, quando se irrita, adoro só pra te ver lutando contra a vontade de me puxar e me beijar, de se entregar, de mostrar que a gente não nasceu pra ficar com raiva um do outro, que a gente nasceu pra se consumir, pra se construir. E quando você chegou, trouxe junto na bagagem algo muito intenso e agora a gente tá aqui, fazendo existir o nosso depois. Com dificuldades, óbvio, e não poucas... mas quando tudo escurece, quando tudo parece perdido, eu suspiro e digo: amo você... e você responde: eu que te amo. E então tudo volta a ser colorido. Mas sabemos que o cinza volta, que ele é companheiro fiel dos dias. Mas quando ele insistir em permanecer por muito tempo, a gente faz uns bicos e compra umas tintas guache... pintamos as paredes de laranja, e assim, vai estar sempre amanhecendo, colamos umas estrelas no teto pra quando quisermos que todo dia seja noite e faremos um sol com carinha feliz, igual nos desenhos animados. A gente pode passar pela amargura de forma doce e sublime. Se a gente tiver a gente. O resto é supérfluo. Provamos que podemos tudo, quando provamos que podemos ser tão um, sendo tão dois...
Fernanda Gregório, adaptado.
E nossa história é meio do avesso. Teve um meio, depois um começo e não se conhece do fim. A gente já se perdeu em brigas sem nexo e que você não use isso como álibi, mas adoro quando perde a paciência comigo, quando fica nervoso, quando se irrita, adoro só pra te ver lutando contra a vontade de me puxar e me beijar, de se entregar, de mostrar que a gente não nasceu pra ficar com raiva um do outro, que a gente nasceu pra se consumir, pra se construir. E quando você chegou, trouxe junto na bagagem algo muito intenso e agora a gente tá aqui, fazendo existir o nosso depois. Com dificuldades, óbvio, e não poucas... mas quando tudo escurece, quando tudo parece perdido, eu suspiro e digo: amo você... e você responde: eu que te amo. E então tudo volta a ser colorido. Mas sabemos que o cinza volta, que ele é companheiro fiel dos dias. Mas quando ele insistir em permanecer por muito tempo, a gente faz uns bicos e compra umas tintas guache... pintamos as paredes de laranja, e assim, vai estar sempre amanhecendo, colamos umas estrelas no teto pra quando quisermos que todo dia seja noite e faremos um sol com carinha feliz, igual nos desenhos animados. A gente pode passar pela amargura de forma doce e sublime. Se a gente tiver a gente. O resto é supérfluo. Provamos que podemos tudo, quando provamos que podemos ser tão um, sendo tão dois...
Fernanda Gregório, adaptado.
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